quarta-feira, 28 de maio de 2008

Torre de Babel

A história da Irlanda se confunde com a história americana, pois o povo irlandês fugindo de guerras, conflitos religiosos e pragas, encontraram abrigo do outro lado do oceano. Cidades como New York e Seattle eram seus principais destinos, os escravos trazidos aos Estados Unidos deveriam ser registrados no nome da família que os comprava, igual a prática que se fazia no Brasil. Portanto este enorme número de “Silvas”, “Santos” e etc. já nos Estados Unidos vemos inúmeros negros com sobrenome Irlandês, tal como Murph e qualquer outro sobrenome que tenha “O’” alguma coisa ou “Mc”.
Os irlandeses e escoceses são povos irmãos, pois ambos descendem dos celtas. Complicado para um brasileiro entender, como um pedaço de terra tão pequeno como a Europa consegue ter tantas línguas. Nós estamos acostumados e percorrer um país continental e falarmos a mesma língua, é claro que possuímos sotaques, mas nenhum deles chega a influenciar no entendimento de uma conversa. Neste pequena faixa de terra temos línguas muito distintas uma das outras e umas que ainda insistem em sobreviver, como o “gaélico” e o “romanesco”, falados por não mais que um povoado.
Está terra é banhada por inúmeras batalhas ao longo de seus anos, e por isto surgiram países com culturas tão diferentes a cerca de quilômetros de distância, ou com culturas totalmente diferentes dentro do mesmo país. Agora o que me deixa muito intrigado é Mônaco. Como um país tão pequeno conseguiu sobreviver dentro da França, em especial na época de Napoleão. Desconheço sua história, mas que é curiosa é.
No idioma inglês, muitas palavras tem origem em latim, assim como o português, e desta forma nós conseguimos relacionar com nossa madre língua, porém isto também prega peças, e não devemos nos agarrar a elas e sim conseguir compreender seu significado em inglês. Outra dica válida para nós brasileiros é invertermos o verbo na frente do sujeito quando for fazer uma pergunta. Exemplo: -You can help me? (errado – Você pode me ajudar?) Can you help me? (correto – Pode você me ajudar?) mas nós brasileiros cometemos este erro a todo instante, sem querer, pois estamos habituados e falarmos o sujeito da frase antes mesmo de pensar no término da questão. Coisa que só reparei aqui é verdade.
Agora que já estou me habituando ao idioma e já sinto segurança em conversar com as pessoas, começo a reparar que o entendimento do idioma é muito mais importante que sua gramática, muito diferente do português, que qualquer erro de concordância já pode comprometer o entendimento da frase, mas espero que isto não tenha acontecido com este, afinal são muitas línguas, acho que quando voltar pro Brasil estarei mudo.
E olha este cabelo! Você sabe como se fala cortar só as pontas? Bom, eu não sabia.

8 comentários:

Anônimo disse...

Não acredito que vc cortou o cabelo!!!! E que ainda por cima foi contra sua vontade pq não sabia como falar em inglês!!!!
ahuhuahauhauhauhau
Isto foi engraçado....rs....
bjaum

Paulo disse...

carambaaaaaaaaaaaaaa....kkk vc ta muito estranho rsrsrsrs...
mas ta legal naum precisa se preocupa a clara ta ai ainda né....rsrsrs

Regina disse...

Pode falar que sou mãe coruja, mas
vc tá muito lindo.
O povo é que nunca viu vc careca, vou postar uma foto sua quando era
bebe, só pra te servir de consolo.
Grande Beijo

Anônimo disse...

Se fôssemos fazer um resumo dos assuntos mais constantes que você tem escrito em suas postagens, um deles seria obrigatório: informações sobre a Irlanda. Sou curioso, e isso me agrada. Mas o que sempre chama a atenção é a referência constante à história da Irlanda, o povo celta, os resquícios da língua celta, ou qualquer outro elemento do passado que ajuda a conhecer melhor a Irlanda de hoje. Isso demonstra - se alguém ainda tem dúvidas – que somente podemos compreender a realidade de um povo ou de um país através do conhecimento de sua história. É o processo contínuo de transformações, influências, domínios, lutas, resistências, fortalecimento das relações entre os conterrâneos, suas crenças, é tudo isso, ao longo de um considerável tempo, que forja a cultura de um povo, seu jeito de ser, sua realidade.
No passado, quando alguém dizia perto de mim que a História era uma matéria decorativa, eu ficava revoltado, querendo discutir. Hoje, quando ouço isso, fico com pena de quem fala, em razão da estreiteza de sua mente. Um dos aspectos mais importantes da cultura de um povo é sua língua. Como alguém poderia compreender a transformação de um idioma ao longo do tempo decorando datas e nomes de pessoas “importantes”? Para o povinho da decoreba, a História não passa de uma relação de nomes e datas.
O fato de a maioria dos países da Europa Ocidental falar línguas oriundas do Latim só se explica através da História, pelo domínio romano na Antigüidade. A língua latina só não se impôs onde havia uma cultura mais forte, como no caso da Grécia, ou quando esse domínio ocorreu tardiamente, como em regiões do Mediterrâneo oriental (Egito, Palestina, Líbano, etc.) e também na Inglaterra. É bom registrar que a conquista romana não atingiu regiões mais distantes da Grã-Bretanha, como a Irlanda, a oeste, e a Escócia, ao norte.
O que veio a prevalecer na Inglaterra foi a língua dos anglos e saxões, tribos germânicas que invadiram a Inglaterra no século V. No entanto, seis séculos após o estabelecimento dos anglos e saxões nas terras inglesas, a ilha foi invadida e dominada pelos normandos, povos também de origem germânica, mas que estavam há muito tempo estabelecidos no norte da França e já falavam uma língua latina. Era o francês moderno em gestação. Os anglos e saxões não foram expulsos, mas subjugados, e como a língua anglo-saxônica já estava bem sedimentada na Inglaterra, ela não foi suplantada pela dos normandos, uma língua latinizada. No entanto, recebeu da língua normanda uma influência considerável. Assim, é curioso que a grande quantidade de palavras do inglês atual, com raízes latinas, não veio, em sua maioria, diretamente do latim dos tempos de Roma, mas indiretamente através da via francesa.

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Quanto ao misunderstanding do corte do cabelo ......... que bom que foi o cabelo, não?
Abraços do tio.

Paulo Eduardo disse...

Pois eh o cabelo foi um detalhe, mas eu jah estava de saco cheio de ter que ficar aparando o danado de mes em mes.

Agora tio com relacao ao seu texto falando sobre a historia do ingles atual, eu adorei. nao tinha fazia ideia que esta influencia teria se instalado por outras vias. Muito obrigado pelo recheio do post.

Um abracao a todos vcs.
E entrem na comunidade e me diga sobre algum assunto ou curiosidade que queiram que eu pesquise.

see ya

Anônimo disse...

Gostaria de fazer, em tempo, um pequeno reparo. No comentário anterior que fiz, escrevi nalgum lugar, referindo-se aos normandos: "povos também de origem germânica". Foram tantos os povos invasores que confundi. Os normandos vieram da Escandinávia e foram os protagonistas de uma leva tardia de invasões que a Europa ocidental sofreu. A própria palavra "NORMANdos" significa "homens do norte".
Correção feita, o restante permanece válido.

Vou pensar em algum tema para sugerir a você.

Pedro Matos disse...

Quanto tempo Paulo.
É a primeira vez que estou por aqui. Talvez esteja hoje depois de muito tempo, porque sinta falta de alguns conselhos amigos, mesmo que eu não os tenha pedido muito. Mas sempre achei vc muito correto quando o fazia não só para mim, mas para todos.
Espero que tudo esteja saindo como o planejado por aí.
E com relação ao cabelo, acho que vou seguir seus passos, afinal de contas, o meu já está caindo mesmo. Quando vc retornar vai ver que não vai ter outra solução.
rsrs

abraço grande
e boa sorte

Paulo Eduardo disse...

Oi Pedro, primeiro de tudo gostaria de agradecer pela ajuda que vc nos deu, principalmente neste tempo tao dificil pra nos. Agora com relacao ao cabelo, eh foda nao ter opcao neh!