quarta-feira, 7 de maio de 2008

The Leprechaun


The Leprechaun é o personagem mais notório do folclore irlandês. Um anãozinho, de cabelos e barbas laranja, roupa e chapéu verde. Porém, seu adjetivo mais notório é a esperteza. Uma espécie de duende que é capaz de lançar feitiços, amaldiçoando por toda a eternidade quem ousar pegar seu famoso pote de ouro, e seus tantos tesouros escondidos no final do arco-íris.
Quatro milhões de habitantes atualmente têm na ponta da língua esta pequena parábola, o nacionalismo na Irlanda é muito forte, o orgulho de ser “irlandês” e, especialmente, os Dubliners, (nascido em Dublin) cultivam cada traço de sua história.
Atualmente, vejo Dublin o melhor lugar para se aprender inglês, a imigração na terra cinza está crescendo de maneira desordenada, a Irlanda possui uma das maiores rendas per capta do mundo, ponto muito forte para qualquer estudante, e os milhares de sotaques, facilitam a interpretação do inglês, onde você não fica viciado em apenas um estilo.
Em geral, os atendentes, faxineiros, seguranças e etc. são imigrantes. As Ilhas Maurício, uma pequena faixa de terra próximo a Madagascar e África do Sul, possuem quase um terço de sua população na Irlanda. Os chineses brotam em toda a parte da cidade, e acredito, que não seja uma parcela significante de seu país de origem, mas creio que, dos não-europeus, os chineses são maioria. Em escolas de inglês não vemos muitas pessoas de outras nacionalidades, caso você queira estudar na aqui, já venha com a idéia na cabeça, que todas as escolas possuem muitos brasileiros, sendo assim, deve-se policiar para não ficar apenas praticando o “português”.
Muitos brasileiros se ajudam, mas muitos te passam a perna também. Um dos maiores costumes dos brasileiros é indicar um amigo para determinado trabalho, portanto, ao deixar um currículo em uma loja que tenha brasileiro que você não conheça, entregue-o diretamente na mão do gerente, caso contrário, seu currículo corre o sério risco de ir parar no lixo.
Voltando da Stephens Green ontem, quase não se via o verde da grama, que tanto gosto, pois o sol se põe entre 20h e 21h, com isto as pessoas são convidadas pela natureza, a se deitar na grama, curtir um joguinho de futebol das crianças, ou só ver as outras pessoas aproveitando o evening. Por sinal, essa palavra: evening é complicada para se entender. Nós aprendemos no Brasil, que evening é quando se chega à noite, e night é final da noite. Só aqui, reparei o porquê da distinção das palavras. Evening significa antes das 20h, ou seja, no entardecer. E night, realmente significa noite. Sendo assim, no Brasil você pode falar good evening ou good night, afinal de contas, o Brasil não possui evening.
Com as remotas chuvas que ocorrem eventualmente neste céu azul, mas que não é sinônimo de calor, pois se trata de uma ilha e o vento é uma constante, e este como é frio. Tenho a esperança de um dia ou outro conseguir enxergar um arco-íris, mas algo me diz que se eu correr até o final dele para encontrar o tesouro, ao me dar conta estaria de volta ao Brasil. E aí teria que conversar um pouco com o Leprechaun, afinal de contas ele que está com o meu tesouro, e não o contrário.

8 comentários:

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Observem as horas que aparecem nas fotos. São verdadeiras. A foto do rio é a do Rio Lifey, e ela foi tirada as nove da noite mesmo, quando saimos do colégio. Aquele dia foi lindo, com sol o dia inteiro, céu azul, quem estava andando na rua, sentiu calor suficiente para tirar o casaco (ou a blusa, para os paulistanos).

Unknown disse...

É difícil Paulo dizer qual foi o melhor post do seu Blog... Todos são muitos maneiros cada um com a sua historia. Mas já que você pediu para eu dizer um fico com o "Falando com quem não fala" Hauhauhaua muito engraçado isso... ri muito lendo ele.
Abraços Paulo e um beijo para Clara.
Saudades :\
Pode ter certeza que vou na loja quando vocês voltarem.

Anônimo disse...

Está aí uma bela postagem. Fotos muito lindas e mais informações sobre a Irlanda. Quando você se referiu aos dublinenses, lembrei-me de um livro de contos que li do maior escritor irlandês James Joyce, intitulado exatamente DUBLINERS. Fica a sugestão de leitura, vale a pena.

Paulo Eduardo disse...

Muito obrigado, vou procurar este livro.

Anônimo disse...

CLÁUDIA DISSE...

OLÁ MEUS AMORES!!!!
Desculpa mesmo a demora de aparecer, tento falar com vcs todos os dias, mas eu jurei a mim mesma que de hoje não iria passar!
O site ta incrível, as histórias tão muito boas, mas o que importa mesmo é que vcs fazem uma falta desgramada, a pamonha tava uma delícia mesmo, mas não teve o mesmo gostinho de longas gargalhadas com as pias inesperadas do Paulinho e a animação contagiante da tia Clara, seja lá pro que for...
A Momo ta uma linda! Todos os dias que eu chego do serviço ela diz: -Tôsse quesente?! E eu tenho que levar, nem que seja um briquedinho de R$1,00. Ah! A mãe trouxe a foto de vcs juntos, do rio pra sampa, agora a Momo fala com vcs todos os dias...

Um beijo super enorme no coração de vcs 2 que eu tanto amo!!!

Não sei porque minha senha sempre da incorreta!

Unknown disse...

Vivendo, lendo suas crônicas e aprendendo!

Lendo o seu texto, refleti: Como os contos interferem na construção de nossos mitos, de nossos valores, de nosso caráter quando são contados na infância...
Quando criança, todas as vezes que via um arco-íris sonhava em segui-lo para encontrar o pote ouro.
Nunca imaginei que o conto fosse irlandês, e nem me lembrava do nome do duende... é bom recordar esta história...
Notando em seu texto mais uma vez a saudade daqui do Brasil, me vem uma pergunta: Você tem vontade de morar aí na Irlanda ou mesmo na Europa, ou acha que seu lugar é aqui no Brasil e que este período que está fora, é só para servir como aprendizado como reflexão ou coisa parecida?

Um beijo, um abraço. Que a força esteja com vocês!


Tati (meus amigos me chamam assim!)

Paulo Eduardo disse...

Oi Tati!!! Eu nao pretendo morar no exterior, apenas estou tendo uma experiencia que por sinal eventualmente eh bem desgastante. Sinto uma vontade de largar tudo e voltar pra minha casa. Vejo as coisas aih no Brasil no Rio e em Sampa pegando fogo e eu aqui, brincando de passar wire-o (eh um tipo de encadernacao) pq nao sei se percebeu, mas sou grafico. O blog de fato tem feito o trabalho de amigo, sabe aquele que apenas te ouve? Pois eh, quando vc conversa e sente vontade de desabafar, de contar coisas que as pessoas não têm vontade e nem paciencia para ouvir no dia a dia, mas aqui. Eh diferente, o Leprechaun tem me acompanhado diversas vezes e pregando peças como ele adora fazer. E vc corria atras do seu pote de ouro soh quando era criança? Acho que vc estah enganada, pois pra mim, vc ainda estah correndo atras dele.
See ya.