domingo, 20 de abril de 2008

Pamonha em Família

Se eu tivesse um desejo, apenas um. Eu desejaria que minha família estivesse aqui, ou que eu estivesse lá, neste final de semana em especial. Acho muito difícil que um brasileiro não conheça a “pamonha”, portanto irei dizer, de forma mais clara.
Em minha escola sempre achei o máximo pessoas que tinham um sobrenome bonito, muitos deles com berço italiano, devido à influência deste país na cidade onde nasci. Quando a pessoa era chamada pelo sobrenome então, eu achava muito chique, dava uma importância a aquela pessoinha que neste caso tinha não mais que sete ou oito anos, e ficava pensando, por que eu não era assim? Por que eu me chamava Lopes de Lima? Lembro-me de um trabalho que tive que fazer na terceira série, sobre árvore genealógica, nesta você tinha que buscar informações de toda sua família. Eu fiquei frustrado ao tirar a nota, 5,0. Não entendia o critério que a professora usara, será que para ela minha família era nota cinco? Mas na verdade minha nota foi tão baixa, porque eu só cheguei até minha avó por parte de mãe, e até meu bisavô por parte de pai. Não sei nada sobre a origem de minha família e isto em geral me deixa chateado, pois adoro história e não saber de onde se vem, é frustrante.
Com o passar do tempo reparei que família, é o coletivo de pessoas. Você pode ter irmãos mesmo que não seja de sangue, mas considerar muito próximo tanto quanto um irmão legítimo, principalmente quando se vê esta pessoa crescer. Eu mesmo tenho um. Ter tios e tias em cada vizinho, que você sente mais carinho e eles sintam o mesmo por você. Nisto devo admitir, tenho muitas pessoas que me consideram sobrinhos, mas o que mais me espanta é a quantidade de mães que tenho por aí, se eventualmente alguns vizinhos me têm como sobrinho, quem dirá de meus verdadeiros tios e tias que me têm como “filho” e eu também os tenho como legítimos pais. Não gosto de citar nomes, pra não cometer nenhuma injustiça, mas da Tiana eu tenho que falar.
Pouco a pouco, as pessoas fracas, ou que não tiveram tanta determinação aqui, começam a voltar para o Brasil, é difícil se ver pobre, marginalizado, excluído, pessoas mudando de calçada com medo de você pedir dinheiro, quando se tem um ótimo padrão de vida no Brasil, como é o caso da maioria dos brasileiros aqui. Muitos playboys, filinhos de papai, pessoas que nunca pensaram em trabalho no Brasil, vem pra Irlanda e descobre “A vida como ela é”, e claro muito não gostam, voltam e ainda falam mal do país que o acolheu. As mulheres são as mais impressionantes, ou são forte e guerreiras de mais (como é a maioria) ou simplesmente, virão prostitutas, repare no detalhe: viram prostitutas, ou seja, em sua terra natal, elas não eram assim, porém aqui se vê em uma situação e descobrem um jeito muito fácil e hipócrita de ganhar a vida, e muitas delas têm a esperança de conhecer um europeu, e ele se apaixonar por ela e lhe conceder um passaporte europeu, digo um casamento, ou uma família se preferir.
Portanto vendo este tipo de pessoa, que vende sua família, por dinheiro, suja o nome de seu país e deixa infelizmente todas as brasileiras com este rótulo, mesmo sendo mentira (eu volto a repetir) eu escolho a “pamonha”, uma massa de milho, onde os mais velhos temperam, os homens descascam e ralam, as mulheres também ralam, porém são muito melhores, para encher a palha com esta determinada massa e colocar um queijinho, pra dar um gosto. Como diz a Vó Maria. Se você tem uma família, nunca tenha vergonha de seus hábitos e costumes, pois o que pode ser ridículo pra uns, pode ter um valor enorme para outros.
A!!! E que vontade de comer uma pamonha!

5 comentários:

Anônimo disse...

Paulo, vc vai ficar na Irlanda ate quando?

Unknown disse...

Pois a pamonhada de domingo (20/4) estava muito boa. Poucos dedos ralados, tanto que a cor escarlate das hemácias não alterou a aparência áurea da massa. Temperada com sal (cloreto de sódio) ou açúcar, guarnecida com pedaços de queijo branco, foi bem cozida por longo tempo a altos graus centígrados. Uma chuva de outono no meio da tarde varreu a Mantiqueira, arrefeceu a temperatura, o que tornou ideal a degustação de um alimento quente para contrabalançar. O encontro festivo encerrou-se com os DOIS a ZERO que o Palmeiras nos deu de presente via tela da TV.

Aguardamo-lo para a próxima.
Abraços do Tio Antônio.

Unknown disse...

Tio Antonio, o Sr. fez eu me se sentir na chacará...o friozinho até que ta tendo aqui, mas estar com a familia, amigos e se deliciando com essa pamonha, so ai mesmo!! Um grande abç.

Anônimo disse...

Oi Paulinho,
Nossa confraternização da pamonha estava ótima, falamos muito de você e da Clara, se Deus quiser terá outra na sua volta.
Fico muito feliz em ver o significado que temos em sua vida.

Te Amo.

Paulo Eduardo disse...

Oi eu não sei ao certo quanto tempo ficarei aqui, vou analizar o nivel do meu ingles ao termino dos 6 meses e ver o que resolvo. Tio Antonio, fico muito feliz com a sua participacao no blog, e Mae, vc nao faz ideia o valor que minha familia tem pra mim, acho que nao consigo me dizer na mesma proporcao.