sábado, 1 de novembro de 2008

A ilha de lost

Após nossa aventura no terminal ferroviário, chegamos em Veneza quebrados, como não podia ser de outra forma. A cidade é cara, talvez a mais cara que já tenha visitado, mas uma coisa é certa, a mais confusa.
Ao chegarmos de trem na estação Santa Lucia, já vimos do lado de fora da estação um rio, aquilo mexeu com minha cabeça e pensei: - Caramba, estou aqui mesmo!
Saímos então em busca de um bar ou restaurante que tivesse Internet, mas isto aqui em Veneza é uma iguaria muito rara, então recorremos ao bom e velho Mc Donald’s, pois aqui na Europa todas as lojas já tem a tecnologia, só tinha um problema. Não sabíamos onde procurar e em verdade não sabíamos nem o nome da rua que era nosso Hotel, então apelei, liguei para meu primo e pedi que pegasse o endereço para mim, e logo depois disso, saímos em busca do Hotel.
Os italianos não curtem muito dar informações, e em especial, os habitantes de Veneza, até porque, se eles ficarem dando informações, ficarão o dia todo respondendo os turistas e não irão fazer mais nada, pois Veneza é muito confusa, as ruas do mapa que comprei não correspondiam com os nomes das placas, na verdade, havia tantas placas que eu nem sequer sabia o nome das ruas. Larguei mão do mapa, e resolvi pedir informação, aí foi um mais grosso que o outro comigo, mas na verdade, talvez eu que estava sendo grosso de tão nervoso que estava, e eles só me respondia do mesmo modo. Após muito insistir, resolvi recorrer ao mapa novamente, mas não pelo nome das ruas, mas sim, pelo caminho que as ruas faziam, e reparei então que havia acabado de encontrar a rua do Hotel no mapa, agora seguir até ela foi outros quinhentos, demorou, mas chegamos.
O hotel tudo de bom, banheiro limpinho, um bom chuveiro, quarto limpo e etc, a localização também era muito boa, já que estávamos em Santa Lucia e não precisávamos ir para Mestre (condado próximo) para dormir.
A gastronomia na Itália é algo muito bom, em geral, não é um preço muito alto e para ser cheff de qualquer restaurante aqui precisa ter diploma na área, o problema é que o tratamento geral que se dá aos turistas na Itália é muito parecido com o tratamento que damos aos turistas dentro de nosso país. Tenta-se arrancar dinheiro deles de qualquer forma, seja pedindo esmolas ou gorjetas, até colocando coisas a mais em sua conta no final da refeição, e esta prática é horrível, mas todos os restaurantes em Veneza fazem. Eles cobram uma taxa chamada de “Coperti” que seria relativo ao uso da mesa do restaurante, talheres e etc, e depois ainda cobram 10% relativo ao atendimento, e o que é pior 10% acima do “coperti” então isto toma uma proporção ainda maior.
As ruas da cidade são muito estreitas e cheia de escadas, uma vez que temos que cruzar pontes a todo instante, e isto torna Veneza um lugar temível para alguém que possui dificuldade de locomoção, agora, o mais impressionante é que a maioria de seus visitantes são idosos. No lugar onde em uma cidade normal temos avenidas, nesta são rios tendo o “canal grande” como seu maior rio e rodeado de outros afluentes, toda a água dos rios é salgada, pois Veneza é um conjunto de ilhas, ligadas umas as outras por pontes.
A cidade é muito antiga, creio que não se pode mais construir em Veneza, porém muitas casas estão em reforma, mas nunca foi tão bonito ver casas sem reboco, este combina com o ar da cidade e os rios bem verdes cortando a terra formam um intenso contraste entre o belo e o feio e este resultado é algo único.
Muitas casas tem sua saída somente pelo rio, e as gôndolas que hoje em dia é artigo para turista rico, no passado era usado em massa pela sua população local que vivia da pesca. Hoje em dia um simples passeio de gôndola custa um valor de aproximadamente €60,00 desculpe, mas pra mim isso é muito grana.
Uma festa muito tradicional em Veneza é o baile de máscaras, estas os convidados se caracterizam com uma túnica cobrindo dos pés a cabeça e apenas uma máscara é vista, por este motivo todas as lojas de souvenir vendem estes artigos (que pra falar a verdade é uma coisa que você nunca irá usar em sua casa, ou seja só tem finalidade em veneza).
O turismo é a atividade econômica mais forte em Veneza, algo que acho completamente compreensivo, uma cidade pequena, porém com muito charme, uma cidade que é impossível não se apaixonar por sua simplicidade, de não se perder no brilho de suas águas ou de suas ruas, e minha bússola que a diga, pois ela não se achou até hoje.

Ps. Gostaria de dedicar este post a meu irmão Denis aniversariante do dia, espero que você acerte mais do que erre, mas quando errar saiba olhar pra trás e aprender com ele e reconhecer seu erro, espero que você ganhe mais do que perca, mas quando perder, saiba dar o crédito ao vencedor, espero que você ame mais do que odeie, mas quando odiar saiba perdoar.
Vejo vocês dia 20 de novembro.
para ver o videozinho de Veneza acesse: http://ie.youtube.com/watch?v=F8x6mkZzhHY

3 comentários:

Unknown disse...

Muito obrigado pela dedicatória meu irmão, torço muito por vc estamos esperando vcs muitas saudades.. fiquei sabendo que você tentou falar comigo mas não consiguiu, muito obrigado por ter lembrado de mim. Mas daqui 19 dias você vai estaR aqui ai a gente vai fazer um churrasco que vc nem gosta neh srsrsrsrrs ai a gente se ve. abraço meu irmão e um beijão pra clara tambem.

Anônimo disse...

Maravilhaaaa...
show de bola pool...eh realmente td isso mesmo uq vc disse,veneza eh lindo,eh charmosa,eh cara...
mais eh unica,nao tem nenhuma outra cidade neste estilo...
bjao boas viagens a voces...

Paulo Eduardo disse...

Oi Denis, tudo bem? cara desculpe nao ter respondido antes, mas agora estou em Amsterdam e aqui nao tem internet, por isto fica mais complicado de conseguir as coisas. Estou com saudades de vcs daqui a pouco estamos aih.